O que é a Conjuntivite?
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, ou seja, a membrana fina e transparente que reveste a parte branca do olho e a superfície interna das pálpebras. Essa condição é conhecida como “olho vermelho” devido à vermelhidão e irritação que causa.
Quais os sintomas da conjuntivite?
Os sintomas da conjuntivite podem variar de acordo com a causa da inflamação (viral, bacteriana, alérgica) e a gravidade do quadro. Alguns dos sintomas comuns da conjuntivite são:
- Olhos vermelhos
- Coceira intensa nos olhos
- Sensação de areia nos olhos
- Lacrimejamento excessivo
- Secreção ocular
- Visão borrada ou embaçada
- Inchaço nas pálpebras
Tipos de conjuntivite
De maneira geral, podemos dividir em três tipos: bacteriana, viral e alérgica.
As virais e bacterianas são semelhantes em alguns aspectos, pois ambas começam por um dos olhos e depois de 3 ou 4 dias podem acometer o outro olho, deixando os olhos vermelhos e formando lacrimejamento em excesso. Diferentemente das bacterianas, porém, nas conjuntivites virais não há formação de pus, e sim de muco. O olho amanhece grudado e durante o dia ocorre um excesso de lágrimas. É importante ressaltar que os dois tipos são muito contagiosos, principalmente a viral.
O contágio ocorre por contato. A pessoa enxuga os olhos e cumprimenta alguém ou seca o rosto numa toalha que vai ser usada por mais gente e passa o vírus para os outros. Por isso, é tão importante que durante a fase aguda e de contágio os pacientes evitem apertar as mãos de outras pessoas, utilizem papel descartável para a limpeza dos olhos e separem talheres, toalhas e outros objetos de uso pessoal. A conjuntivite viral está geralmente associada com um resfriado ou garganta irritada.
Para a conjuntivite viral, não há tratamento específico. Compressas podem ajudar a aliviar o incômodo. Ao contrário do que se acredita, água boricada não deve ser usada: ela pode aliviar os sintomas da conjuntivite, mas sua composição pode provocar reação alérgica intensa. As compressas devem ser feitas com água natural ou mineral. A água deve estar fria porque o frio ajuda a desinflamar, a desinchar os olhos. Além disso, seu oftalmologista indicará colírios para reduzir o vermelho e a inflamação. Não se deve usar colírios com antibiótico em conjuntivites virais porque não existem bactérias para matar e eles podem provocar alergia.
Nas conjuntivites bacterianas, o quadro inclui a secreção purulenta (pus), que persiste ao longo do dia. Nesse caso, colírios à base de antibióticos podem ser indicados pelo seu oftalmologista. Muito raramente o tratamento inclui antibióticos por via oral. A ardência é um sintoma comum nas conjuntivites bacterianas e virais.
As conjuntivites alérgicas ocorrem com maior frequência em pessoas com predisposição a desenvolver alergias. Conjuntivite alérgica também pode ser causada pela intolerância a substâncias como cosméticos, perfumes ou drogas. Existem dois tipos de conjuntivite alérgica: sazonal e perene. A primeira é a mais comum, e se manifesta na maioria das pessoas que já apresenta outras alergias. É associada com alergias sazonais que ocorrem geralmente durante os meses de primavera e verão. A conjuntivite alérgica perene persiste ao longo do ano e geralmente é desencadeada por alérgenos, como pelo animal, ácaros e mofo.
Somente o médico oftalmologista pode avaliar os resultados obtidos com o colírio receitado e aconselhá-lo sobre o uso futuro. Se os sintomas parecem piorar, ligue para seu oftalmologista imediatamente.
Tratamentos
Conjuntivite requer atenção médica. O tratamento adequado depende da causa do problema. Seu oftalmologista poderá prescrever, além de colírios, outros medicamentos anti-inflamatórios, antialérgicos e compressas frias.
Assim como o resfriado comum, a conjuntivite viral não tem cura, porém os sintomas podem ser aliviados. A conjuntivite viral geralmente desaparece dentro de três semanas. Para evitar que outras pessoas sejam infectadas, siga as seguintes recomendações:
- Desinfete superfícies como maçanetas e balcões com solução de água sanitária diluída;
- Não nade (algumas bactérias podem se espalhar na água);
- Evite tocar no rosto;
- Lave as mãos com frequência;
- Não compartilhe toalhas ou roupas;
- Não reutilize lenços (prefira os de papel);
- Evite apertos de mãos.